O que é: A próstata é um órgão localizado na pelve masculina, especificamente entre a bexiga e a base do pênis. É responsável pela produção do antígeno prostático específico (PSA) cuja função é liquefazer o sêmen e melhorar a sua qualidade. O Câncer de Próstata desenvolve-se pela mutação e crescimento desordenado das células do órgão. É o segundo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele.
Fatores de Risco: Os principais fatores de risco para o Câncer de Próstata são:
Idade: Quanto maior a idade maior a taxa de homens que desenvolverão a doença. Estudos demonstraram que 10% dos homens com 50 anos apresentam a doença, enquanto 30% dos homens com 70 anos são acometidos.
Raça: O risco de Câncer de Próstata é maior em homens afro-americanos
História Familiar: Homens cujo pai ou irmãos tiveram a doença tem um risco aumentado de desenvolvê-la também.
Diagnóstico: O Câncer de Próstata não provoca sintomas em suas fases iniciais. Portanto, é de suma importância que todos os homens realizem avaliações periódicas de rastreamento com um urologista. Atualmente a sociedade americana e a sociedade brasileira de urologia recomendam que todos os homens a partir de 50 anos iniciem o rastreamento, enquanto para aqueles da raça negra e com histórico familiar, o rastreamento inicie aos 45 anos.
A suspeita do Câncer de Próstata ocorre em homens com PSA elevado e/ou toque retal alterado. A confirmação deve ser realizada por meio de uma biópsia da próstata.
Tratamentos: O tratamento deve ser individualizado para cada paciente, levando-se em consideração a idade no diagnóstico, as condições clínicas, a agressividade e extensão do tumor. O urologista deve explicar sobre os diversos tipos de tratamento e decidir, em conjunto com o paciente, qual será o mais indicado:
Cirurgia: Consiste na remoção da próstata e das vesículas seminais (prostatovesiculectomia radical). Pode ser realizada pela técnica aberta ou pelas técnicas minimamente invasivas: Robótica e Laparoscópica.
O controle oncológico (do tumor) tem taxas semelhantes entre as técnicas, no entanto, as técnicas minimamente invasivas tem algumas vantagens como melhor visualização da anatomia cirúrgica, menor sangramento e maior rapidez na recuperação e retorno as atividades após a cirurgia.
Radioterapia: Consiste na destruição das células cancerígenas através de radiação. As formas mais comuns são a Radioterapia Conformacional (externa) e a Braquiterapia (implante interno)
Hormonioterapia: Geralmente utilizada em casos mais avançados, consiste na diminuição dos níveis de hormônios que agem no crescimento tumoral por meio de medicamentos ou cirurgia (retirada dos testículos ou orquiectomia).
Vigilância Ativa: Opção para pacientes selecionados e com tumores pouco agressivos. Consiste em consultas periódicas ao urologista, com intervalos de tempo mais reduzidos, para reavaliação do toque retal e do PSA. A biópsia de próstata e a ressonância magnética auxiliam no acompanhamento periódico.